Fruta podre que cai da árvore,
Vida corroída pelo tempo,
Pó envelhecido de mármore,
Uma folha seca indo no vento.
Belo vaso, rachado, de flores;
Para não despedaçar-se, finge:
Não estão mortas todas as dores
Dos longínquos olhos de esfinge.
Pálido tédio incomunicável
Gélido e plácido como a lua,
Seca o sentimento mais amável;
Minha existência é assim, crua.
Enorme absurdo inexorável,
Esfacelo-me imóvel, nua.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
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Um comentário:
muito bom. alilás, o nome do blog e o lead são sensacionas: Abismos Internos - Agarrando-me às palavras para amenizar as quedas.
parabéns. clap clap clap
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