sábado, 4 de junho de 2011

Fim

Anos depois
tropeço em um objeto
atravessado em meu caminho.

Espio desconfiada,
é um espelho.
(Espelhos sempre me amedrontaram)

Resolvo encarar de frente
e o que vejo?
Nada!
Grito
e não escuto som algum.

Eu não sou mais eu:
perdi a capacidade
de manipular palavras.

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